O que esperar de um jogo de golfe cujo objetivo é destruir o cenário antes de fazer o putt? O que esperar de um jogo feito pelos criadores de Burnout? Sim… os criadores de um jogo de corrida baseado em destruição acabaram de fazer um jogo de golfe… BASEADO EM DESTRUIÇÃO!
Pra começar, estranhamente o jogo tem preços BEM DIFERENTES na Xbox Live e na PSN. Enquanto o jogo custa 39 reais na Xbox Live, na PSN o jogo custa inacreditáveis 61,50 reais. Acredito que algo bem errado está acontecendo com a precificação da PSN, já que outros jogos estão com o mesmo problema de serem muito mais caros na rede da Sony.
Dangerous Golf é o primeiro jogo da Three Fields Entertainment, estúdio criado por antigos funcionários da Criterion. E baseado num dos maiores sucessos da Criterion, Dangerous Golf é cheio de destruição em espaços confinados. O objetivo do jogador é fazer o maior número de pontos possíveis nos cenários que vão de bibliotecas até banheiros públicos, passando por cozinhas e salas de jantar. Destrua tudo o que conseguir e ganhe medalhas de bronze, prata, ouro e platina, de acordo com as suas habilidades.
O jogo resume-se a uma campanha single player e outra cooperativa. Em ambas o foco é o mesmo: fazer o maior número de pontos possíveis para que novas fases apareçam. O desafio é crescente e o jogo realmente testa a sua paciência para que aquela medalha de ouro ou platina apareça. Tive que jogar algumas fases por mais de 10 vezes antes de conseguir a medalha de ouro.
Empurrado pela Unreal Engine 4, Dangerous Golf se aproxima bastante de Angry Birds em alguns momentos e mostra que a destruição é mais importante do que achar e acertar o buraco em menos tacadas possíveis. Explico: os bônus de destruição e jogadas bonitas valem mais que acertar o buraco no fim da tacada.
Não se preocupe em escolher o taco certo, em acertar a força da tacada e nem em se aproximar do green (área mais próxima do buraco nos jogos de golfe de verdade)… o importante aqui é a direção em que você joga a bola e o que ela vai destruir no caminho. Claro que é importante acertar o buraco na última tacada, aliás… últimas tacadas! Em algumas fases vários buracos aparecem e cada vez que você acerta um deles, ganha uma outra chance para acertar os outros até que todos acabem. Se você, por acaso, errar a última tacada, metade dos seus pontos serão subtraídos do seu score final e, possivelmente, você terá que jogar aquela fase novamente.
E claro que destruir coisas é legal. Pelo menos num primeiro momento. Depois de algumas fases, o jogo fica um pouco (muito?) repetitivo e fica bem chato bater os placares para pegar as medalhas. Frustração e um pouco de “já vi isso antes” parecem ser o maior pecado. E os desenvolvedores bem que tentaram fazer com que isso não acontecesse, criando alguns power-ups específicos e bastante variáveis para cada tela. Mas a tentativa parece apenas uma forma de fazer com que você pense que alguma coisa mudou… uma pena.
No geral, Dangerous Golf é um jogo mediano e que, com certeza, não me fará voltar a jogá-lo depois de terminar.
Versão testada: Xbox One
Prós:
- O jogo é diferente de tudo o que você já jogou de golfe por aí
- Tem muitos elementos de Burnout
Contras:
- Fica repetitivo rapidamente
- Não tem muita variação de fases, embora tenha 100 diferentes, os locais são sempre os mesmos
- Frustrante em muitos momentos
