A nova geração está aí e com ela temos um fato novo para lidar: Jogos cross-generation. Nesse momento, inclusive com a safra de jogos exclusivos para a nova geração sendo bem diminuta, os “showcases” da nova geração recaem sobre os títulos que originalmente foram lançados para PS4/One, mas receberam atualizações com upgrades visuais no PlayStation 5 e no Xbox Series.
Dirt 5 é um deles e, não se engane, é uma boa demonstração do que podemos esperar neste início de nova geração em relação a anterior.
Gráficos
Vamos direto ao assunto. Acredito que a maioria dos jogadores estão curiosos com as diferenças visuais entre as gerações. Neste caso, experimentamos Dirt 5 no Xbox One X e depois no Xbox Series X.
No Xbox One X, Dirt 5 se mostrou um pouco instável, com quedas de framerate muito perceptíveis em trechos de alguns circuitos, principalmente quando muitos oponentes disputavam posições na mesma tela ou quando chovia ou nevava, mesmo que estivéssemos jogando no modo que priorizava o framerate. No Xbox Series X a coisa já muda de figura, embora ainda ocorressem queda de frame aqui e ali, eram bem menos perceptíveis e mais raras, mas o jogo rodando a 4K@60FPS é um deleite visual na maior parte do tempo. Importante ressaltar que a iluminação e as texturas também contaram com uma melhora considerável entre as versões. Infelizmente não conseguimos testar a versão de 120hz por falta de equipamento compatível.
É bonito. Mas é bom?
Dirt 5 é uma boa porta de entrada para a nova geração, mas não vá com a expectativa errada. É um jogo de gincana e rally arcade, pra você jogar de forma descompromissada, já que deixa a desejar um pouco na variedade de eventos e não traz nada de novo. Embora o jogo conte com os talentos de Nolan North e Troy Baker para dar voz a dois rivais que se provocam durante o modo carreira, você com frequência esquece de ouvir os áudios de fundo e raramente dá atenção às tiradas que poderíamos esperar de dois caras deste nível.
Ainda falando sobre alguns aspectos negativos do jogo, o rumble está completamente bugado. A Codemasters já disse estar ciente do problema e trabalha em uma atualização, mas isso significa que jogamos 90% do jogo sem contar com as pancadas e vibrações da pista nas mãos, o que considero algo importante principalmente em um jogo de rally. Outro ponto negativo foi a dificuldade desbalanceada em alguns eventos, ou seja, se você tem facilidade em jogos de corrida e rally, não encontrará problemas para vencer os desafios propostos por Dirt 5, mas mesmo assim, você topará com alguns eventos que parecem profissionais, onde você se encontra correndo contra Sebastien Loeb ou Colin McRae, já que os caras somem na frente e não te deixam qualquer possibilidade de alcançá-los.
Fora os pontos citados acima, o jogo ainda assim tem muita coisa bacana. Dirt 5 conta com um modo de construção de arenas de gincana, com modo splitscreen pra jogar com os amigos e músicas muito diversificadas que são excelentes para dar o clima certo ao jogo. É bem possível que você vá procurar uma playlist no Spotify para sair ouvindo por aí.
Além disso, a jogabilidade é muito boa e os gráficos como mencionamos acima são ótimos.
Veredito
Embora Dirt 5 ainda necessite de updates de estabilidade, principalmente para os framerates e para o rumble, ele é ótimo para você que está querendo ver as diferenças entre gerações e para jogar algo descompromissadamente.
É divertido, possui uma excelente trilha sonora, boa jogabilidade, competições online para quem gosta de se aventurar e um modo bacana de construção de arenas de gincana.
Se tiver a oportunidade de jogá-lo nesta entressafra de gerações, não hesite.
Prós:
- Gráficos;
- Jogabilidade;
- Trilha sonora.
Contras:
- Queda de frames;
- Rumble bugado;
- Dificuldade desbalanceada em alguns eventos.
Administrador, fotógrafo, comunicador, jogador e colecionador de videogame desde o Atari.